Governo pode muito, mas não pode tudo
O ex-presidente Lula transformou a reprovação do imposto do cheque (CPMF) no Senado, nos idos de 2007, no auge do seu segundo mandato sobrevivente do mensalão, em um drama político perene e indelével que gerou, desde a data do acontecido, clara obsessão:
derrubar os senadores de oposição que lideraram o processo de confronto com o governo.
Lula ficou tão fissurado para derrotar aquele Senado que esse talvez seja um dos poucos pontos de total dissintonia entre seus pensamentos e ações com o eleitorado com que conta, em todas as classes sociais. Não suportar mais aumentos de impostos é sentimento espalhado, não há quem goste.
Ele não conseguiu eleger todo o novo Senado que queria, mas conseguiu muito: simplesmente a maioria.
Além disso, derrotou os senadores oposicionistas Tasso Jereissati, Heráclito Fortes, Arthur Virgílio, Marco Maciel. Não derrotou todos os que botou em sua lista negra.
O senador José Agripino, do DEM, partido que, à época, tinha o combate aos abusos arrecadatórios como uma de suas principais bandeiras, sobreviveu ao jogo de extermínio.
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