A presidente Dilma Rousseff decidiu nesta quinta-feira (4) demitir Nelson Jobim do Ministério da Defesa. Em uma entrevista à revista Piauí, Jobim chama o governo Dilma de "atrapalhado", diz que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é "fraquinha", e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, "não conhece Brasília".
Após a polêmica, Jobim negou o conteúdo de frases atacando as colegas. Segundo a nota do Ministério da Defesa, ele disse que as declarações são “parte de um jogo de intrigas” e uma tentativa de desestabilizá-lo no cargo. O ministro, que está em Tabatinga (AM), deve retornar ainda nesta quinta-feira à Brasília.
Por conta de outras declarações, Jobim já estava na lista dos auxiliares de Dilma que ela deve tirar do governo na primeira reforma ministerial, no final deste ano ou no início de 2012.
Agora, com a entrevista à revista, que chega amanhã às bancas, a presidente decidiu pela demissão imediata de Jobim, desistindo da ideia de não mexer no governo enquanto não assentar a poeira da base aliada levantada pela crise política no Ministério dos Transportes, Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e na estatal Valec (que cuida das ferrovias).
O ministro viajou ontem à noite para São Gabriel da Cachoeira (AM) e hoje de manhã partiu para Tabatinga, onde, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, assinou um plano de vigilância de fronteiras entre Brasil e Colômbia. Pela agenda oficial, Jobim deixaria a base do Cachimbo (AM) às 20h30, devendo chegar a Brasília perto da meia-noite.
Em recente entrevista, Jobim criou incomodo no Planalto ao fazer questão de revelar que, nas eleições do ano passado, votou no candidato tucano José Serra, o adversário de Dilma na disputa.
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