terça-feira, 9 de agosto de 2011

Jácome diz que PMN está "aberto" para deputados que queiram voltar


Presidente do diretório estadual da legenda, deputado afirma que parlamentares que anunciaram saída do partido seriam "bem aceitos".

Jácome criticou a criação do PSD pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab.

Em entrevista a uma emissora local de TV, o deputado estadual Antônio Jácome, presidente do diretório potiguar do PMN, disse que, caso os parlamentares que anunciaram a saída da legenda se arrependam, todos “serão bem aceitos” de volta ao partido. O parlamentar assumiu a direção da sigla depois que o vice-governador Robinson Faria anunciou sua migração para o PSD, levando consigo outros seis deputados estaduais, sendo três deles do PMN (Ricardo Motta, presidente da Assembleia Legislativa, Raimundo Fernandes e Gesane Marinho).


Com o esvaziamento provocado pela fuga para o PSD, a legenda terminou caindo no colo de Antônio Jácome. Ele observou que os parlamentares ainda não saíram oficialmente do PMN e, se o novo partido não se consolidar, não haveria dificuldades em conviver com os ex-colegas.


Jácome criticou a criação do PSD pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab. Ele questionou a necessidade de um novo partido, quando já existem pelo menos 52 legendas no Brasil, sendo 27 delas legalmente habilitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


“Até que ponto a gente precisa de mais um partido? Em vez desses penduricalhos de criar partidos para abrigar insatisfeitos, por que não fazer a reforma política? Há tantos temas que precisam ser discutidos, como a fidelidade partidária, o financiamento público das campanhas, o fim das coligações proporcionais”, pontuou.


Para Jácome, o novo partido está sendo criado somente para “abrigar insatisfeitos”. “Amanhã ou depois é [criado] outro [partido] e assim os partidos ficam se digladiando entre si. Isso não é bom”, advertiu.


Antônio Jácome negou que o PMN tenha sofrido um esvaziamento com a debandada de Robinson Faria e seus liderados para o PSD. “Quase ninguém tem pedido desfiliação do partido, ao contrário do que foi noticiado. Os 51 vereadores, prefeitos, vices e suplentes permanecem no PMN”, sublinhou.


Na opinião do deputado, políticos que pretendiam migrar para o PSD desistiram por “não querer arriscar ir para um partido que ainda não foi registrado”.

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