A oposição protocolou na noite de hoje requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Ministério dos Transportes no Senado. Com o apoio de dez senadores da base aliada, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), obteve as 27 assinaturas necessárias à abertura da investigação, que terá como foco as denúncias de superfaturamento de contratos e cobrança de propina na pasta e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que a CPI "é sempre um instrumento de ação da oposição" e admitiu o prejuízo para o Planalto. "Uma CPI nunca é boa para o governo, apesar de que o governo não temer a CPI". Jucá acrescentou, ainda, que vai procurar os senadores da base aliada que assinaram o requerimento, a fim de tentar convencê-los a retirar o apoio à investigação.
O requerimento foi encaminhado à Secretaria Geral da Mesa do Senado para conferência das assinaturas. Em seguida, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - ou qualquer senador que esteja interinamente na presidência dos trabalhos no plenário - tem que fazer a leitura do documento. A partir da leitura, começa a correr o prazo até meia-noite para eventual retirada das assinaturas.
Quatro senadores da base governista foram os últimos a assinar o requerimento: Reditário Cassol (PP-RO), suplente de Ivo Cassol, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), João Durval (PDT-BA) e Zezé Perrela (PDT-MG). No total, assinaram o documento: quatro senadores do PMDB, Sérgio Petecão (PMN-AC), do bloco peemedebista, três do PDT e dois do PP
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