terça-feira, 11 de outubro de 2011

“Não fui submetido a uma lavagem cerebral", diz Geraldo sobre PMDB

O ex-governador e ex-senador Geraldo Melo e sua esposa, a ex-prefeita de Ceará-Mirim Edinólia Melo assinaram a ficha de filiação ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), na última quinta-feira (29).

Em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM, Geraldo Melo fala da sua história no PMDB para justificar sua volta ao partido. “O PMDB foi durante muito tempo a minha casa. Assumi a presidência do partido e iniciamos um trabalho inesquecível. Comandei no RN a Campanha das diretas em 1984, fui coordenador da campanha de Garibaldi, para prefeito, em 1985 e em 1986 fui eleito o primeiro governador do PMDB no Rio Grande do Norte”, lembra o ex-senador.

Geraldo Melo ressalta que existe nas suas raízes um identificação com o PMDB que justifica sua filiação partidária e que também corresponde a necessidade do grupo em escolher um partido onde todo começou.
Esse gesto passa por cima do episódio que ocorreu em 2006, quando o PMDB negou a candidatura de Geraldo Melo ao senado e também a possibilidade de ter sido candidato a vice-governador naquela ocasião. “A situação foi profundamente desagradável, mas eu não aprendi fazer política se lamentando o resto da vida por causa de alguma coisa. A gente tem que tomar uma posição. O episódio me desagradou e eu tornei público o meu desagrado e tomei atitudes e posições compatíveis com a divergência que eu estava tendo”, declara Geraldo Melo.

Ele também lembra outro episódio, dessa vez no PSDB, que ele não concordou com o desfecho dado pelo partido. O episódio se refere a mudança de comando que passou a ficar nas mãos do deputado federal Rogério Marinho. Na opinião do ex-senador, a entrada do deputado era importante, mas que houve uma prorrogação, praticamente em todo o país, do mandato dos presidentes de diretório, mas não houve a de Geraldo Melo. Pois o deputado exigiu que se antecipasse para ele ser presidente, completa o ex-senador. À época foi feita uma proposta intermediária, mas isso não prevaleceu.

O dano provocado pelo PMDB em 2006 acabou tirando o ex-senador do comando do PSDB. Quanto a isso, Geraldo Melo fala que passou grande parte de sua vida fazendo política sem mandato, ele se considera um político em “férias”.

Quanto à possibilidade de concorrer a um cargo público em 2012, ele diz que não é sua pretensão, apesar da sua filiação ao PMDB. “Como homem público, já dei a contribuição que tinha que dá ao Rio grande do Norte e ao país”, afirma Geraldo Melo.

Sobre a ligação de sua opção partidária com a candidatura de sua esposa, Edinólia Melo, a prefeita de Ceará-Mirim, ele diz que a legenda do PMDB ajudará qualquer projeto de qualquer pessoa, porque é uma legenda muito forte. Mas não foi por isso que se filiou. Segundo ele a candidatura de Edinólia Melo é mostrada nas pesquisas. Mas não está nos planos do casal a candidatura de Edinólia, apesar de poder ser algo necessário para colocar a cidade de Ceará-Mirim nos “trilhos”.

Para encerrar, Geraldo Melo enfatizou que seu compromisso é com o partido no Rio Grande do Norte, acrescentando que vai manter sua postura crítica ao governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) e que não tenho compromisso com o governo federal, porque isso não foi exigido.

“Não serei um problema para o PMDB. Entrei no partido para ajudar. Para se filiar ao partido não fui submetido a uma lavagem cerebral, encerra o ex-senador.

NoMinuto

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