O pacote, que prevê investimentos de R$ 7,6 bilhões até 2014, era visto no Palácio do Planalto como "xodó" de Dilma e da ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil). A elaboração das estratégias mobilizou 15 pastas do governo, sob a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O momento ternura da presidenta ocorreu logo no início do discurso, ao se referir às filhas do deputado Romário (PSB-RJ) e do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que têm Síndrome de Down.
"Queria dirigir um cumprimento especial, também, ao Romário e à menina... às duas menininhas que aqui tivemos uma cena, assim, maravilhosa e enternecedora: a filha do Romário carregando a filha do Lindbergh. Queria cumprimentar as duas", discursou Dilma. "Eu acredito que, em alguns momentos, a gente considera que eles são muito especiais, e aí, queria dizer que hoje este é um momento em que vale a pena ser presidente", continuou, com a voz embargada e limpando os olhos.
Dilma foi aplaudida e depois aclamada ao coro de "Olê-olê-olê-olá-Dilma-Dilma" pela plateia - uma cena que espantou a frieza típica dos seus eventos e lembrou até as aclamações populares dos tempos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Logo depois, no entanto, a presidenta foi interrompida por uma mulher. "Assina a lei do autista (projeto de lei que institui a política nacional de proteção dos direitos da pessoa autista), pelo amor de Deus! Um pouco mais pelo autista, pelo amor de Deus", disse. Após a pausa, Dilma continuou o discurso, sem responder à mulher.
Dilma já havia se emocionado em abril, quando prestou homenagem "a estes brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida", ao comentar o episódio em que um atirador matou estudantes de uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro. No encerramento da cerimônia de ontem, a presidenta saiu do salão nobre, evitou a imprensa, não quis responder a jornalistas sobre a situação do ministro Carlos Lupi (Trabalho) e voltou ao trabalho. A gerentona já estava de volta.
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