O Correio Braziliense informa que diante da necessidade de fazer o país crescer ao menos 4% neste ano — número considerado improvável pelo mercado, que estima avanço abaixo de 3% —, o Banco Central jogou, ontem, mais combustível na atividade econômica. Como prometido ao Palácio do Planalto, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, conseguiu o apoio unânime de todos os seus colegas de diretoria e sacramentou o corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, de 9,75% para 9% ao ano. Foi a sexta queda consecutiva desde agosto do ano passado — no total, a redução chega a de 3,5 pontos. Com isso, o Brasil deixou para trás o nada lisonjeiro título de campeão mundial dos juros altos, com taxa real (descontada a inflação) de 3,4%, fato que não se via desde janeiro de 2010. O país foi superado pela Rússia, com 4,2%.
Apesar de um comunicado simples, o Copom sinalizou a possibilidade de pelo menos mais uma baixa da Selic na reunião de maio, de 0,25 ponto, para 8,75% anuais. A porta aberta foi indicada pela visão de que os riscos de inflação, “neste momento, permanecem limitados”. Também ressaltou que, “dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionaria”. Ou seja, o recuo das cotações da commodities (produtos básicos com cotação internacional) tem ajudado a aliviar o custo de vida no Brasil, sobretudo os preços dos alimentos.
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