ASSÚ - Presidente do diretório municipal do PSD na cidade do Assú, o vereador e presidente da Câmara, Odelmo de Moura Rodrigues, não receberá a solidariedade dos líderes maiores da agremiação no Rio Grande do Norte no episódio que culminou com sua defenestração do sistema governista liderado pelo prefeito Ivan Lopes Júnior (PP).
O presidente estadual da sigla, vice-governador Robinson Faria, e o filho deste, deputado federal Fábio Faria, optaram pela via inversa, ou seja, serão solidários ao chefe do Executivo municipal.
A posição de ambos foi externada publicamente por Fábio Faria numa entrevista prestada em Natal ao jornalista Valderi Tavares, veiculada nessa terça-feira, dia 3, dentro do noticiário matutino da Rádio Princesa do Vale, em Assú, o primeiro vice-líder do PSD na Câmara dos Deputados declarou que nem ele nem seu pai, vice-governador Robinson Faria, acompanharão a ida do presidente do Poder Legislativo assuense para a faixa de oposição.
O deputado frisou que falava em seu próprio nome e em nome do presidente estadual do PSD.
Em sua fala, Fábio Faria foi claro ao afirmar que tanto ele quanto o seu pai estarão na campanha eleitoral de outubro reforçando o palanque do prefeito que buscará a reeleição. Primeiramente, o parlamentar refutou qualquer possibilidade de ele e Robinson estarem em palanques distintos em qualquer cidade do Rio Grande do Norte.
"Apesar de em algumas cidades nós termos pensamentos um pouco divergentes, mas sempre convergimos no final. A hipótese de estarmos separados não existe", registrou Fábio Faria.
Vereador assuense não sofrerá punição partidária
Diante do impasse o deputado federal Fábio Faria fez questão de
deixar claro que a posição política de Odelmo Rodrigues será
integralmente respeitada e não haverá ingerência alguma da executiva
estadual no diretório municipal do PSD com relação à posição.
"Quando ele (Odelmo Rodrigues) assumiu a presidência (do PSD em Assú), nós sempre garantimos a ele que ele terá sob qualquer hipótese a legenda para ser candidato", ressaltou.
"Quando ele (Odelmo Rodrigues) assumiu a presidência (do PSD em Assú), nós sempre garantimos a ele que ele terá sob qualquer hipótese a legenda para ser candidato", ressaltou.
Fábio registrou que, quando deste entendimento político, a relação entre o presidente da Câmara e o prefeito era de aliados.
"Infelizmente não foi possível (a manutenção da aliança entre ambos)", observou. "Ele (o presidente da Câmara) terá a legenda e poderá participar do palanque que ele que achar que for melhor para ele", complementou o deputado federal.
Fábio Faria salientou que falava em nome dele próprio e do seu pai, que, aliás, estava ao seu lado no instante em que concedia a matéria gravada.
"Nós iremos entender a posição dele (Odelmo Rodrigues) e não iremos, através do diretório estadual, intervir. Agora, Fábio Faria e Robinson Faria, nós estaremos no palanque de Ivan Júnior em Assú", asseverou. O deputado explicou que, antes de atender à reportagem, havia mantido um contato telefônico com o vereador Odelmo Rodrigues a quem havia antecipado sua posição diante dos fatos e, disse, recebeu deste a mais absoluta compreensão.
INGRATIDÃO
Aliados do parlamentar-mirim interpretaram as declarações do deputado Fábio Faria como uma punhalada pelas costas no vereador Odelmo Rodrigues. Qualificaram as declarações dele como um gesto de completa ingratidão. Lembraram que, ao fundar o PSD no Estado, o vice-governador contava com o suposto compromisso de Ivan Júnior de associar-se ao projeto de fortalecimento da legenda, filiando-se à agremiação.
Aliados do parlamentar-mirim interpretaram as declarações do deputado Fábio Faria como uma punhalada pelas costas no vereador Odelmo Rodrigues. Qualificaram as declarações dele como um gesto de completa ingratidão. Lembraram que, ao fundar o PSD no Estado, o vice-governador contava com o suposto compromisso de Ivan Júnior de associar-se ao projeto de fortalecimento da legenda, filiando-se à agremiação.
Todavia, o prefeito recuou e manteve-se no PP, fato que teria desagradado a Robinson. Por sua vez, o presidente da Câmara se desligou do PMDB e filiou-se ao PSD comungando da nova proposta partidária de Fábio e Robinson Faria. Odelmo Rodrigues foi, naquele instante, o único dos então nove vereadores de situação a ficar solidário a ambos.
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