O fato de demonstrar intenção de articular-se em torno de uma pré-candidatura própria a despeito da existência de projeto semelhante por parte do atual gestor, Luiz Gonzaga Cavalcante Dantas, "Luizinho" (PSB), se constituiu num dos motivos para o desalojamento do vice-prefeito de Carnaubais, José Nilson Caldas Costa, "Nilson Dias" (PR), do sistema situacionista municipal.
A razão foi apontada pelo próprio chefe do Executivo e candidato à reeleição. "Luizinho" divergiu das versões expostas pelo vice-prefeito e do ex-secretário de Cultura e Turismo, Carlos Augusto Pereira da Silva (PT), para a saída dos dois partidos da base aliada.
Ambos haviam acusado o mandatário de, apoiado pelos atuais vereadores governistas, ter sido contrário à aliança proporcional que foi articulada por PR e PT e que tinha ainda a participação do PDT. O prefeito disse que reconhecia o direito e a autonomia dos partidos de trabalharem o que considerem melhor politicamente com vistas à eleição.
Entretanto, interpretou que a forma como "Nilson Dias" vinha se comportando na realidade demonstrava seu anseio de construir um projeto político que colidiria com o seu. Ressaltou que, ao adotar uma postura desagregadora, o vice-prefeito acabou se incompatibilizando com os vereadores, por ter procurado um partido de oposição, o PDT.
"Luizinho" afirmou que era um dos poucos prefeitos do Vale do Açu que até então mantinha uma relação cordial e sem subterfúgios com o vice. "Eu dizia em todo canto que o nosso vice-prefeito continuaria na mesma chapa, só que parece que ele [Nilson Dias] não achava bom. Vem sempre articulando também uma chapa também de prefeito", esclareceu o primeiro mandatário carnaubaense. Ele disse que suportou uma série de problemas gerados pelo vice-prefeito, relevando uma série de dificuldades. Porém, a atitude recente dele atingiu um patamar inaceitável. Segundo frisou, a "gota d'água" teria sido o inconformismo dos vereadores ante as manobras do vice e do PT.
Para o prefeito, ao buscar compor-se com um partido não integrado à base [o PDT] "Nilson Dias" agiu na contramão da forma que deveria ter agido. "Ele [o vice-prefeito] formou uma chapa proporcional que ele como vice não é para desarrumar o grupo político, é para ajudar a arrumar", salientou "Luizinho". Ele revelou que o gesto do PR e do PT de se distanciar do sistema governista municipal não é unânime. Detectou que há muitas defecções em ambos por parte de filiados que optaram por permanecer solidários ao seu projeto de reeleição, inclusive muitos deles estão abdicando de suas pré-candidaturas a vereadora por conta disto. Sobre o PT, seu partido de origem, sentenciou que a sigla decidiu trilhar o caminho do "suicídio político".
OPÇÕES
Com a defecção de "Nilson Dias" do governo municipal, "Luizinho" espera que ainda durante o decorrer desta semana seja amadurecida a escolha do seu futuro companheiro de chapa. Revelou que existem três pretensos postulantes ao cargo de vice-prefeito. Um deles é o desportista João Liberalino de Oliveira Júnior, filho do ex-vice-prefeito João Liberalino de Oliveira e da vereadora Norma Siqueira de Melo Oliveira (PSB).
Outra alternativa é o agropecuarista Nelson Gregório Bezerra Júnior, filho do falecido ex-prefeito Nelson Gregório Bezerra; e o médico Tiago Meira Pires, filho da médica e ex-primeira-dama Marlene Meira Pires Gregório. "Existem ainda outras opções dentro e fora do nosso grupo político que estão sendo analisadas", concluiu.
O Mossoroense
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