Nome de ceramista enfrenta resistência no seio governista para compor chapa majoritária

Indicado pelo PMDB local para ocupar o posto de candidato a vice-prefeito do sistema governista municipal em Assú, o ceramista Eurimar Nóbrega Leite vem enfrentando forte reação interna. O "fogo amigo", aparentemente estimulado por lideranças maiores da base aliada, é contrário à sua escolha como companheiro de chapa do prefeito e virtual candidato à reeleição, Ivan Lopes Júnior (PP). A presença do PMDB na chapa é fruto de um acordo político construído entre o chefe do Executivo e o presidente do diretório estadual peemedebista, deputado federal Henrique Eduardo Alves.

O entendimento foi um dos capítulos vividos nas negociações que resultaram no desembarque do PMDB no bloco de situação em Assú. Naquela oportunidade ficou acertado que, quando do projeto de construção da chapa, o espaço reservado ao candidato a vice ficaria à disposição do PMDB. O partido chegou a trabalhar quatro alternativas: o comerciante do setor supermercadista José Patrício da Silva Júnior (que contava com a simpatia do mandatário); o fisioterapeuta José Arnóbio Abreu Júnior; a atual secretária municipal de Educação, Sandra Regina Meirelles Holanda Alves; e o ex-vice-prefeito José Antônio de Abreu, "Zeca".

Até aquele instante o nome de Eurimar Nóbrega nem sequer era cogitado. Em seguida, influenciado pela preferência pessoal do prefeito, o PMDB local praticamente fechou questão em torno da designação do nome do comerciante Patrício Júnior, ex-coordenador-geral de campanha de Ivan Júnior na eleição de 2008 e que supostamente havia se filiado à agremiação justamente para ser ungido com tal indicação. Entretanto, a engenharia política esbarrou na posição do deputado Henrique Alves, que não chancelou tal opção. O líder peemedebista defendeu o nome de Arnóbio Júnior, mas chegou a admitir o ceramista Hélder Cortês Alves e o próprio Eurimar Nóbrega.  

Possibilidade
Teoricamente a opção seguinte, Hélder Alves declinou do convite restando Eurimar Nóbrega como aquele oficialmente apontado para a atribuição. No entanto, logo após a oficialização de seu nome, surgiram as primeiras manifestações de protesto oriundas da própria seara situacionista. E, junto com tais manifestos, eclodiram rumores de que estaria em gestação um plano político no sentido de desestabilizá-lo da vaga de postulante a vice-prefeito. Especula-se que haveria uma orquestração com o objetivo de desalojá-lo de tal condição e, ato contínuo, tentar convencer o deputado Henrique Alves de que Patrício Júnior se constitui na melhor solução para manter o partido unificado e cessar a resistência à opção atual apontada pela sigla.

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