sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Governo envia R$ 2,3 milhões ao Hospital da Mulher após paralisação de médicos


Mais de 50 médicos que atuam no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia paralisaram as atividades na tarde de ontem durante aproximadamente três horas. Os profissionais interromperam os serviços devido à falta de pagamento, cujo atraso superou os 70 dias.
De acordo com o neonatologista Maxwell de Oliveira, os servidores mantiveram-se nas atividades mesmo sem o repasse dos recursos, mas a situação ficou insustentável e a paralisação foi a única forma encontrada pelos especialistas para pressionaram o Governo do Estado a efetuar o pagamento.

"Desde outubro, quando o contrato com a Marca foi encerrado, não recebemos nossos salários. Fomos compreensíveis, sabendo que a Associação teve seus bens bloqueados, mas a nova organização assumiu em novembro e o Governo não repassou os valores referentes ao mês. Durante todo esse período mantivemos a escala médica completa, prestando um serviço de qualidade, mas chegou a um ponto que a situação ficou inadmissível", explica o médico.


Os serviços só foram retomados às 18h, após o Governo do Estado confirmar o repasse, por intermédio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), no valor de R$ 2.382.673,18 para o Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), Organização Social responsável pelo gerenciamento do Hospital da Mulher.

De acordo com o médico Maxwell de Oliveira, com a apresentação do comprovante do repasse, a previsão é de que o recurso seja creditado nas contas dos funcionários até no máximo sexta-feira, 14. "Dessa forma decidimos voltar ao atendimento, mas ainda vamos realizar uma nova assembleia para avaliarmos a questão envolvendo o pagamento do mês de outubro", adianta o profissional.

Para aquelas pessoas que procuraram atendimento no Hospital da Mulher na tarde de ontem, a alternativa foi voltar para casa sem receber a devida assistência. É o caso da gestante (de seis meses) Getineide Lima, que foi à maternidade após sentir fortes dores de cabeça e na barriga.

"Moro no assentamento Cordão de Sombra 2, e é muito difícil vir para cá. Quando chego encontro os médicos parados. É uma injustiça. ", conclui.

O Mossoroense

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