A Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) estima que a frota de veículos elétricos no Brasil não passe de 200 automóveis. Apesar dos benefícios com a redução da dependência energética de combustíveis fósseis e o consequente ganho ambiental, a tecnologia enfrenta dificuldades para se popularizar no país. A pesada carga tributária é apontada como um dos motivos. Segundo vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Faria (PSD) encaminhou indicação ao ministro da Fazenda sugerindo a adoção de incentivos fiscais para a categoria.
“Sugerimos ao ministro contemplar os veículos elétricos e híbridos no Programa de incentivo à inovação tecnológica, denominado Inovar-Auto, recentemente implantado pelo governo, que entre outros pontos concede benefícios em relação ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para as empresas que estimularem e investirem na inovação e em pesquisa e desenvolvimento dentro do Brasil”, explica Fábio Faria. De acordo com a ABVE, somente o IPI incide com alíquota de 25% sobre a produção destes automóveis.
Um dos principais benefícios obtidos com a tecnologia é o controle de emissões de gases causadores do efeito estufa, como o CO2. Embora seja menos poluente, o carro elétrico ainda precisa superar alguns obstáculos para se tornar popular. “O problema dos veículos elétricos, tanto a bateria como híbridos (que funcionam a gasolina e a eletricidade), é o preço. Eles ainda custam mais caro”, avalia o diretor-presidente da ABVE, Pietro Erber.
No Brasil, um automóvel elétrico custa em torno de R$ 120 mil a R$ 130 mil. Como são importados, os impostos pesam no valor final. Mesmo assim, os entusiastas dos veículos elétricos acreditam que haverá uma redução de custo e, por consequência, uma maior adesão a esses veículos. “A primeira coisa a ser feita é reduzir os impostos, é preciso que o governo conceda incentivos fiscais”, opina o deputado Fábio Faria.
Alguns veículos movidos a bateria podem ser recarregado em qualquer tomada elétrica 127V ou 220V, como um celular. Atingem 80 km/h e rodam 80 quilômetros com uma recarga completa da bateria. Com aproximadamente 4h de recarga, a bateria atinge 80% de sua capacidade; com 8h a recarga se completa. O custo por km rodado é cerca de quatro vezes menor que o de um carro convencional.
Jornal de Hoje
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