A saída do PMDB da base de apoio da governadora Rosalba Ciarlini trará dificuldades adicionais para os projetos que estão em tramitação na Assembleia Legislativa e interessam ao Govenro. Se antes as articulações para votações eram em bloco, agora a governadora e seus interlocutores terão que negociar individualmente cada proposta, uma vez que a maioria dos deputados se declaram “independentes”.
O líder do Governo na Assembleia, deputado Getúlio Rego (DEM), afirma que antes havia facilidade nas votações, uma vez que o governo tinha ampla maioria. “Evidente que agora há uma inferioridade da base do Governo dentro da Casa. Mas isso (a saída do PMDB) é um fato da dinâmica da política. Certamente, serão geradas dificuldades na aprovação dos projetos”, reconheceu Getúlio Rego.
Mas ele disse que pelas declarações dos líderes do PMDB não acredita que o partido votará “contra projetos de desenvolvimento do Rio Grande do Norte”. “Acredito que o PMDB vai continuar contribuindo para que o Rio Grande do Norte cresça e se desenvolva. Esperamos ter a colaboração de todos nos projetos que dizem respeito ao interesse coletivo do Estado”, comentou Getúlio Rego, ressaltando que a oposição não pode ser “exercitada para criar obstáculo ao desenvolvimento do Estado”.
A dificuldade pode ser constatada pelos números das bancadas. Atualmente, há dez deputados por partidos que apoiam Rosalba Ciarlini desde a campanha eleitoral de 2010: DEM, PMN, PR e PV. Há seis parlamentares que afirmam ter uma postura de “independência”. Eles estão filiados a legendas partidárias, como PMDB, PDT e PHS. Além disso, os partidos que declaram abertamente que estão na oposição (PT, PSB, PSD e PTB) têm uma bancada constituída por oito deputados.
Anna Ruth
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