A violência é o principal item que puxa para baixo o desempenho do Brasil em qualidade de vida, de acordo com dados do relatório Índice de Progresso Social (IPS) divulgado nesta sexta-feira (4). Entre os 132 países analisados pelo documento, o Brasil aparece como na 122ª posição no ranking de segurança pessoal. Ou seja, considerando o final do ranking como o de país mais inseguro, o Brasil aparece em 11º lugar.
A lista ém encabeçada pelo Iraque, considerado o país mais inseguro do mundo. Em seguida aparecem Nigéria, Venezuela, República Centro-Africana, África do Sul, Chade, República Dominicana, Honduras, México, Sudão e Brasil.
Países que recentemente foram alvos de manifestações violentas como Egito, Líbano, Ucrânia e Iêmen tem índice de segurança pessoal maior que o Brasil.
O IPS é elaborado pela da organização sem fins lucrativos Social Progress Imperative e seus dados estão divididos em três grupos: necessidades humanas básicas, fundamentos de bem estar e oportunidades. Cada um tem quatro indicadores de qualidade. No índice geral de qualidade de vida, o Brasil ficou na 46ª posição na edição de 2014 do IPS.
O Brasil soma 37,25 pontos em segurança pessoal em uma escala de 0 a 100. O Iraque tem 21,52 pontos. O país mais seguro do mundo, segundo o índice, é a Islândia, com 93,45 pontos, seguida por Suécia, Suíça, Noruega, Dinamarca e Japão.
Na América do Sul, o Brasil aparece como menos inseguro apenas que a Venezuela. Depois vêm Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai, este, o com a maior pontuação em termos de segurança (72,01 pontos).
São cinco os quesitos usados para avaliar o nível de segurança dos cidadãos de cada país: a taxa de homicídios, o nível de crimes violentos, a percepção sobre a criminalidade, o terror político e as mortes no trânsito.
O Brasil é um dos 24 países com maior média de mortes violentas, com mais de 20 homicídios por 100 mil habitantes, segundo dados compilados pelo relatório a partir de informações da Unidade de Inteligência da revista britânica The Economist.
Em uma classificação de 1 a 5 para medir o nível de problemas que o governo e os negócios podem sofrer nos próximos dois anos por causa da criminalidade, o Brasil ficou com o nível 4.
Em termos de percepção geral da criminalidade, o Brasil também ficou no nível 4, em uma escala de 1 a 5, onde 5 representa a menor confiança possível na maioria dos cidadãos.
O relatório também inseriu na comparação entre países alguns dados de relatórios da Anistia Internacional e do governo dos Estados Unidos sobre o terror político, ou seja, a atuação dos governos em relação a opiniões opositoras.
Nesse caso, o Brasil ficou com a pontuação 3,5, entre os níveis 3, que indicam características de um Estado que aceita prisões por motivações políticas, com ou sem julgamento, e 4, referentes a um governo que viola direitos civis e políticos sistematicamente, e onde tortura e desaparecimentos são fenômenos cotidianos.
Já entre as mortes no trânsito, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país ficou na 29ª posição, com 22,5 mortes a cada 100 mil habitantes.
G1
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