segunda-feira, 16 de junho de 2014

Enem terá recorde de 8,7 milhões de candidatos aptos a fazer as provas


No total, 8.721.946 estudantes estão aptos a fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano. O número, anunciado pelo ministro da Educação, Henrique Paim, nesta segunda-feira (6), é recorde na história do exame. O crescimento é de 21,6% em relação ao ano anterior.

O prazo de inscrição havia terminado com 9,5 milhões de candidatos, mas como os inscritos tinham mais dois dias para pagar a taxa de R$ 35, e muita gente não pagou, o número final ficou nestes 8,7 milhões. O Enem será aplicado nos dias 8 e 9 de novembro.

Do total de inscritos neste ano, 57,17% (4.986.864) comprovaram carência por isso não pagaram a taxa de R$ 35; 16,33% (1.424.906) são isentos porque estudam na rede pública e 26,48% (2.310.176) são pagantes. A maioria é composta por mulheres (58,11%), enquanto os homens representam 41,88% dos inscritos.

Além disso, 57,17% dos estudantes são isentos por carência comprovada.

O ministro Henrique Paim acredita que o maior número de oportunidades é o motivo para se ter superado a expectativa de inscritos. “Esse crescimento demonstra exatamente que há um despertar em torno da questão educacional. Se nós considerarmos que nós triplicamos as vagas em universidades federais nos últimos 10 anos, a implantação da lei de cotas, a manutenção das bolsas do Prouni, o FIES e o Sisutec, cada vez há mais participantes do Enem a partir das oportunidades criadas”, afirmou.

O ministro também disse que a proporção de jovens continua alta porque “a juventude tem mais esperança no Enem”. Segundo o MEC, 85% dos inscritos estão na faixa etária de 15 a 29 anos.

A região com maior número de inscritos no exame é a Sudeste, com 3.076.697, correspondendo a 35,27% do total. O crescimento lá também foi de 17% de 2013 para 2014. Em seguida vem a região Nordeste, com 32,99% e 2.877.673 estudantes aptos.

Realização das provas
Assim como nos anos anteriores, o Enem ocorrerá em dois dias seguidos. No sábado, dia 8 de novembro, os participantes farão as provas de ciências humanas e ciências da natureza, das 13h às 17h30 (horário de Brasília). No domingo, dia 9 de novembro, serão aplicadas as provas de linguagens e códigos, matemática e redação. Nessa data, o tempo do exame será mais longo, entre as 13h e as 18h30 (horário de Brasília).

Segundo o MEC, serão impressas 18,3 milhões de provas (incluindo normal, ampliada, ledor e braile – estas três últimas, para quem tem diferentes graus de deficiência visual) em 1.699 municípios do país. Este ano, 785 mil funcionários vão ajudar na realização do Enem, entre coordenadores de locais de aplicação, assistentes de coordenação, chefes de sala, fiscais e apoio. Em todo o Brasil, haverá 16,6 mil locais de exame.

Combatendo a abstenção
Segundo o MEC, os candidatos que não compareceram às provas do ano passado e se inscreverem novamente em 2014 receberão uma mensagem do governo alertando sobre o problema de faltar ao Enem mais uma vez.

De acordo com os dados levantados pelo governo, a maioria dos ausentes no exame são pessoas que não precisam pagar a taxa de inscrição – como treineiros, que ainda não terminaram o ensino médio, e adultos que já acabaram o terceiro ano e trabalham.

Em 2013, o governo estima que cerca de 30% dos candidatos inscritos no Enem não chegaram a fazer os dois dias de prova. O prejuízo com os ausentes, no ano passado, foi de R$ 58 milhões, calcula o MEC.

Sabatistas
Nesta edição, os alunos sabatistas (que guardam o sábado por motivos religiosos) poderão fazer a prova de 8 de novembro às 19h (horário de Brasília) desse dia, exceto nos estados do Acre, Amazonas, de Roraima e Rondônia. Nesses quatro estados, os candidatos sabatistas poderão realizar o primeiro dia de provas às 19h de sua hora local, em função do horário de verão.

Correção da redação
Segundo o ministério, os atuais filtros de correção da redação do Enem serão mantidos e ampliados. De acordo com ele, o MEC tem investido no aprimoramento dos itens de correção e na capacitação dos corretores. O presidente do Inep, Francisco Soares, também disse a jornalistas que cada prova será avaliada por dois corretores.

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