sexta-feira, 4 de março de 2016

Defesa de Lula pede ao Supremo suspensão da nova fase da Lava Jato



A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de procedimentos relacionados às investigações relacionadas a ele dentro da Operação Lava Jato, deflagrados nesta manhã.
Alvo da 24ª fase da operação, chamada"Aletheia" (busca da verdade), Lula foi levado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre um sítio em Atibaia (SP) e um triplex em Guarujá (SP). Também foi realizada busca a apreensão em sua residência, na sede do instituto que leva seu nome, na casa de seu filho e outros locais ligados ao petista.

A peça diz que a condução coercitiva do ex-presidente (em que é levado à força para depor) é "desnecessária". "O suscitante [Lula] já prestou um depoimento à Polícia Federal quando
notificado a fazê-lo em inquérito policial que corre em Brasília, deste ano, conforme documento anexo. Portanto, não há nenhuma base pa presumir que, regularmente notificado, não iria repetir um ato de cuja realização não relutara", diz o pedido de suspensão.

O novo pedido foi protocolado na mesma ação, apresentada na sexta passada (26), em que Lula pedia a suspensão de duas investigações contra ele, uma conduzida pelo Ministério Público Federal, dentro da Lava Jato; e outra a cargo do Ministério Público de São Paulo.



O pedido está sob análise da ministra Rosa Weber, que ainda não tomou qualquer decisão sobre o caso. A defesa de Lula alega que as duas investigações se referem aos mesmos fatos e elas deveriam se concentrar no MP-SP, isto é, fora da Lava Jato.

No novo pedido, advogados do ex-presidente também dizem que o "ritmo acelerado dos acontecimentos" é "sugestivo de uma concertação", lembrando que nesta quinta veio à tona conteúdo da delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) envolvendo Lula em supostas tentativas de calar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e o operador do mensalão Marcos Valério.

"Também do campo da comunicação social provieram publicações que, a um só tempo, aprofundavam o implacável achincalhamento de que o suscitante é vítima há tantos meses com a intenção evidente de legitimar toda sorte de medidas abusivas já então planejadas e até mesmo vazadas", diz outro trecho.

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