Responsável por conduzir nesta tarde a convenção peemedebista que selará o desembarque do governo Dilma Rousseff, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta terça-feira, 29, que a partir de hoje ninguém ocupará cargo no Executivo Federal em nome do partido. Primeiro vice-presidente da legenda, Jucá mandou um recado para os integrantes da legenda que quiserem continuar no governo e deixou no ar a possibilidade de ocorrer uma penalidade. "Cada um responde pelos seus atos", disse, na chegada ao gabinete da presidência do partido.
Para o senador, não haverá um "desembarque" do governo, porque há pessoas no PMDB que nunca estiveram "embarcadas", como ele próprio - ex-líder do governo Lula e Dilma, ele votou em 2014 no tucano Aécio Neves. "Esse termo (desembarque) não funciona para mim, é um posicionamento político (da legenda)", destacou.
Jucá informou que o presidente do PMDB e vice-presidente Michel Temer não participará do encontro, marcado para as 15 horas, por ser parte da discussão. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também não deve comparecer, segundo ele. "A partir de agora ele (Renan) toma uma posição institucional que vai julgar esse processo e, portanto, a questão partidária, ele não quer participar disso", afirmou.
O senador não disse se haverá, na decisão do PMDB, um prazo para que os peemedebistas deixem os cargos no Executivo. A expectativa é que seja até o dia 12 de abril.
A tendência, conforme o Broadcast Político apurou, é que se vote, de forma simbólica (sem o registro de votos), uma única das nove moções apresentadas para a convenção. É uma proposta do ex-ministro do governo Lula, Geddel Vieira Lima, de entrega dos cargos. O teor da moção de Geddel, entretanto, ainda não foi divulgado.
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