O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu nesta terça-feira (15) a permanência de Aloizio Mercadante no comando do Ministério da Educação. O deputado comentou o teor de uma gravação que mostraria uma tentativa do ministro de evitar que o senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) firmasse acordo de delação premiada na Operação Lava Jato,
A gravação foi entregue por Delcídio à Procuradoria Geral da República no seu acordo de delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As conversas de Mercadante reveladas nos depoimentos do ex-líder do governo não foram diretamente com Delcídio, mas com um assessor de confiança do senador do PT chamado José Eduardo Marzagão.
As conversas foram gravadas por Marzagão e entregues à PGR, que investiga o envolvimento de políticos no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
Conforme a delação premiada de Delcídio do Amaral, as reuniões entre Mercadante e o assessor Eduardo Marzagão ocorreram nos dias 1 e 9 de dezembro de 2015, quando o senador do PT ainda estava preso.
Questionado se o ministro deveria abrir mão do cargo para evitar desgastes ao governo, José Guimarães respondeu: “Claro que não”.
Ele argumentou que não se pode condenar ninguém só pela delação. “A gente precisa ter muito cuidado para não condenar só pela delação, até porque a delação, quando é homologada, vai para a Justiça, que decide se abre inquérito ou não”, afirmou.
O líder governista ressaltou ainda que Mercadante se colocou à disposição da Justiça e do Congresso para prestar qualquer esclarecimento.
Em entrevista coletiva nesta tarde, Mercadante afirmou que "jamais" tentou impedir a delação de Delcídio e alegou que trechos específicos da conversa foram divulgados, enquanto outros foram omitidos.
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