O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta quarta-feira uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) a favor do prosseguimento de duas investigações contra o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), na Corte. Uma delas, já aberta, apura se o tucano recebeu propina desviada de contratos com a empresa Furnas, subsidiária da Eletrobrás. A outra envolve a suspeita de que ele manipulou dados do Banco Rural para blindar aliados políticos no escândalo do mensalão.
Ambos os casos estão sob a relatoria de Gilmar Mendes e têm como base a delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) no âmbito da Lava Jato. Para os advogados de Aécio, não há elementos novos que justificavam os processos. No mês passado, depois de eles apresentarem uma defesa "espontânea" sobre ambos os casos ao STF, Gilmar resolveu devolvê-los a Janot para que o procurador-geral da República reavaliasse a necessidade de instaurar as investigações contra o tucano.
A decisão do ministro pegou integrantes da equipe de Janot de surpresa e foi considerada "inusitada". Na manifestação enviada a Gilmar nesta quarta, o procurador-geral da República alega que juntou ao pedido de abertura dos inquéritos diversas provas novas, não apenas o teor da delação de Delcídio. Janot avalia que, diante dos novos e objetivos elementos, os casos merecem uma investigação mais aprofundada.
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