terça-feira, 1 de novembro de 2016

Garibaldi alerta que vaquejada é questão de sobrevivência econômica



A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado aprovou nesta terça-feira (1º) parecer do senador Otto Alencar (PSD-BA) favorável ao projeto de iniciativa da Câmara (PLC 24/2016) que reconhece o rodeio e a vaquejada como manifestações culturais nacionais e patrimônios culturais imateriais. A matéria seguirá em regime de urgência para votação em Plenário.

Na semana passada, mais de 5 mil vaqueiros vieram a Brasília para um ato a favor da vaquejada. Os manifestantes protestaram contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou lei estadual do Ceará que regulamentava a vaquejada. A decisão do Supremo tornou a prática inconstitucional. A mobilização, que reuniu vaqueiros de todas as regiões do país, foi organizada pela Associação Brasileira de Vaquejada e pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha.

Durante a discussão do projeto aprovado na Comissão de Educação, o senador Garibaldi Filho (PMDB-RN) alertou que a vaquejada é, hoje, sobretudo uma questão de sobrevivência econômica para parte da população que sobrevive na zona rural. “A zona do semiárido convive com dificuldades muito grandes em face da estiagem, de uma seca que já dura cinco anos. A população está sem alternativas econômicas”, alertou o senador.

O senador Garibaldi Filho destacou, também, estudo do historiador potiguar Luís da Câmara Cascudo a respeito da vaquejada, que passou de festa mais tradicional do ciclo do gado nordestino para uma exibição esportiva nas cidades. “A vaquejada é uma alternativa para aqueles que ainda vivem na zona rural. Além de manifestação cultural, ela proporciona um grande número de empregos”, completou Garibaldi.

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