Câmara deve indicar novo ministro para o TCU; vacância seria tratada como moeda de troca dentro do PMDB, mas o líder nega.
O deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) negou que a vacância do ministro do TCU Ubiratan Aguiar seja utilizada para negociar sua postulação à presidência da Câmara no próximo ano ou para a escolha de um novo líder do governo no Congresso.
O Painel, da Folha de São Paulo, e o Jornal do Commercio, de Pernambuco, têm noticiado que a vaga de Ubiratan abriu uma disputa entre Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Ana Arraes (PSB-PE). De acordo com o Jornal do Commercio, Henrique teria entrado em apoio a Aldo Rebelo, já que o parlamentar também é cotado para assumir a presidência da Câmara, que é objeto de desejo do líder do PMDB.
“Não procede. Já há um acordo de palavra com o PT de que a alternância da presidência da Casa é do PMDB”, disse o deputado através de sua assessoria de imprensa. Nesse cenário, Henrique Eduardo Avles é sucessor natural de Marco Maia (PT-RS), atual presidente da Câmara dos Deputados.
Na edição desta quinta-feira (25), o Painel traz nota na qual diz: “no Planalto, há quem defenda que a liderança do governo no Congresso, ora vaga e objeto de disputa renhida entre PMDB e PT, seja usada para acomodar a situação Ana-Aldo”.
A liderança do governo no Congresso está vaga desde que o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) foi convidado para assumir o Ministério da Agricultura, substituindo Wagner Rossi. Ele estava na liderança desde 1º de julho.
Henrique considera que não há como negociar essa vacância porque a liderança será, muito provavelmente, entregue ao PMDB. “Ela não teria nomeado Mendes para ser líder por um mês e meio apenas”. O deputado Marcelo Castro, ocupante da vice-liderança, é o mais cotado para ascender à vacância.
As indicações ao Tribunal de Contas da União são feitas da seguinte maneira: três da Câmara; outras três do Senado e três do presidente. Não há prazo para a Câmara escolher.
0 Comentários:
Postar um comentário