A presidente Dilma Rousseff deu demonstrações na sexta-feira, 19, de ignorar a inquietação do PT nos bastidores com o impacto político da "faxina" iniciada em julho em ministérios e autarquias federais. Dilma afirmou que o governo federal irá continuar a combater os "malfeitos" na máquina pública e ressaltou que a base aliada no Congresso Nacional também não concorda com a existência de irregularidades na administração federal. Parte do PT, conforme reportagem do Estado publicada na quinta-feira, 18, teme que as medidas carimbem o governo Lula como corrupto.
Em entrevista concedida à Rádio Metrópole AM, de São José do Rio Preto (SP), a presidente negou, no entanto, que o objetivo da sua gestão seja apenas combater a corrupção. "Onde houver problemas de corrupção, nós somos obrigados a tomar providências. Eu não faço disso um objetivo central do meu governo", frisou.
"O meu governo vai continuar combatendo todos os malfeitos. Agora, o meu governo e o povo brasileiro também não gostam de injustiça", acrescentou.
A presidente voltou a defender presunção da inocência e destacou que o governo federal respeita os direitos individuais e a dignidade humana. Ela comentou ainda reportagem publicada na sexta-feira no site da revista inglesa The Economist, segundo a qual a "faxina" que vem sendo promovida pela presidente na Esplanada dos Ministérios pode lhe trazer problemas no Congresso Nacional.
"O Brasil hoje tem importância suficiente para as revistas estrangeiras ficarem preocupadas conosco. É um ótimo sinal", reagiu, com ironia. "Agora, infelizmente, as revistas estrangeiras não entendem muito os costumes políticos no Brasil."
Lua de mel. A presidente participou na sexta-feira, ao lado do governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, da cerimônia de entrega de 1.993 unidades habitacionais do programa federal Minha Casa, Minha Vida no Parque Residencial Nova Esperança. O clima de lua de mel entre a petista e o tucano continua firme.
Estadão
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