O Hospital Estadual Walfredo Gurgel é referência na saúde pública, no Rio Grande do Norte, mas os pacientes se amontoam nos corredores. Segundo o próprio governo do estado, responsável pelo hospital, passou de cem o número de pacientes em macas na semana passada.
Os acompanhantes não conseguem acomodação e não há espaço para nada. Para os servidores, fica difícil atender tanta gente ao mesmo tempo. “Estou aqui há oito dias. Só ficam me trocando de canto neste corredor e de maca, sem remédio”, diz um paciente.
Além da falta de medicação, soro e profissionais, faltam também macas. "Eu me sinto muito triste, a gente não tem como socorrer um parente que está passando mal porque não tem maca”, diz Lenilda Barbosa, auxiliar administrativa.
Cinco ambulâncias do Samu estão paradas em frente ao hospital, porque as macas estão presas dentro do hospital. "As macas ficam presas e a gente impossibilitado de atender as solicitações. Tem sido uma rotina”, declara Jalmar Ronaldo, técnico em enfermagem do Samu.
"É impossível fazer uma saúde pública de qualidade em um hospital no qual um profissional fica com o dobro de pacientes, que tem que dar conta de onde os pacientes estão alocados, em macas em condição indigna. O hospital não consegue financeiramente, porque não há financiamento para leito-maca, garantir insumos, alimento e limpeza de qualidade para esses pacientes. Simplesmente nós não podemos fechar a porta do hospital para a chegada de pacientes. Ele recebe a cardiologia, o paciente oncológico, o paciente da Unidade Básica de Saúde e o de baixa complexidade. Esses pacientes disputam a mesma vaga, o mesmo servidor, disputam o mesmo insumo", afirma Luiz Roberto Fonseca, secretário estadual de Saúde.
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