terça-feira, 27 de setembro de 2016

No RN, 26 prefeitos decidem não concorrer à reeleição

Juízes que integram o TRE definem o registro de candidaturas
Entre os 122 prefeitos com direito a disputar a reeleição, 26 preferiram não concorrer. Há ainda outros cinco que tiveram as candidaturas indeferidas pela Justiça Eleitoral. Com isso, 31 não estão na disputa do pleito deste domingo (02/10).

A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) aponta que a principal motivação para que a maioria desses prefeitos não concorra à reeleição é a dificuldade financeira enfrentada pelos municípios,  a partir da crise econômica que se instalou no país depois da eleição presidencial de 2014.

Porém, outros prefeitos desistiram da disputa eleitoral por razões políticas ou porque  renunciaram depois do indeferimento do pedido de registro de candidatura na Justiça Eleitoral.

O presidente da Femurn, Ivan Lopes Júnior, afirma que 26 prefeitos desistiram da disputa eleitoral em virtude da crise econômica, mas na lista da instituição, aparece o prefeito de Mossoró, Francisco José Junior (PSD), que teve o registro de candidato deferido em primeira instância, mas no decorrer da campanha anunciou que desistia da reeleição.


Mesmo assim, Francisco José Júnior participou do debate entre os candidatos a prefeito de Mossoró, ocorrido na noite de domingo (25), com  transmissão pela InterTV Costa Branca.

“Hoje, os gestores são meros pagadores de salários, pois praticamente não existem mais obras ou investimento nos municípios. Mas a situação financeira das prefeituras é tão ruim com os déficits que amargamos, que não mal temos condições de pagar os salários”, declarou Ivan Júnior, que é prefeito do Assu.

Ivan Júnior afirmou que a realidade atual dos municípios desestimulou que esses prefeitos disputassem à reeleição, diante do quadro em que os municípios enfrentam a redução de receitas, que, em consequência, compromete o pagamento de salários a servidores e fornecedores: “A situação é grave. Hoje, os gestores são meros pagadores de salários, pois praticamente não existem mais obras ou investimento nos municípios. Mas a situação financeira das prefeituras é tão ruim com os déficits que amargamos, que não mal temos condições de pagar os salários”.

Segundo Ivan Jr, é natural que parte dos prefeitos com direito à reeleição, tenham se afastado da continuidade da gestão das suas cidades em um momento de crise, como este, que só : “Gerir os municípios na atual crise é um verdadeiro ato de coragem. Há uma cobrança imensa da sociedade – que têm o direito de cobrar dos prefeitos – mas não há verbas para que possamos atender as demandas”.

O prefeito de Assu disse, ainda, que “é necessário que possamos fortalecer pautas como uma nova divisão tributária, para que os municípios tenham um retorno justo dos impostos, e cobrar dos entes superiores o repasse correto de convênios firmados”.

O presidente da Federação também falou da importância da escolha dos gestores na eleição deste ano: “É muito triste que tantos gestores bons, capazes, competentes que temos, acabem afastados do processo político. Isso demonstra a necessidade de boas escolhas para prefeito dos municípios pela população: candidatos que conheçam a situação do município e que possam gerir as cidades de acordo com as situações adversas que enfrentamos hoje.

Tribuna do Norte

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