O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, admitiu que o ajuste fiscal poderá trazer um "deslizamento no organograma", mas negou cortes em programas de longo prazo da Pasta impostos pela restrição orçamentária. "Quando se faz um ajuste, é possível que haja um deslizamento no organograma, mas jamais um corte. Jamais abandonaremos a ideia de fazer as 3 milhões de casas (na terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida), de atingir 100% a meta de esgoto tratado no Brasil e das melhorias no serviço público", disse o ministro após ser questionado pelo Broadcast durante visita à Agrishow nesta sexta-feira (1), em Ribeirão Preto (SP).
"Ajuste fiscal é programa de curto prazo, um programa de 12 meses prazo e não prejudica o Minha Casa Minha Vida. O Ministério das Cidades tem programas de longo prazo, de mais de 10 anos. O próprio Minha Casa Minha Vida tem nove anos", ponderou o ministro. Kassab revelou ainda que o Minha Casa Minha Vida 3 terá "aperfeiçoamentos" nos projetos de construção de casas, em relação às anteriores.
Entre as novidades estão a obrigatoriedade de lajes, em vez de forros nas casas, e a entrega, junto com a unidade habitacional, de um projeto de expansão. "Uma laje, caso seja viabilizada pelo parecer técnico, vai encarecer entre R$ 2,8 mil e R$ 3 mil, que não é um custo elevado para programa dessa magnitude", disse. "O dono vai receber ainda a orientação de como ampliar adequadamente o imóvel, fazer aquele puxadinho", completou.
Kassab evitou comentar outros tipos de restrições financeiras no governo, como a reclamação feita pelo ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, esta semana. "Eu não vi essa manifestação. Estou em viagens com quase cinco reuniões por semana e entregas de moradias, com pouca presença em Brasília", disse. O ministro avaliou ainda que a redução no financiamento de imóveis anunciada pela Caixa esta semana não terá impacto no programa Minha Casa Minha Vida. "O dinheiro do governo federal, a Caixa só repassa, presta serviço ao Ministério".
Dilma
Kassab desconversou ao ser indagado sobre o fato de a presidente Dilma Rousseff (PT) não fazer o pronunciamento em rede de televisão e rádio neste dia do trabalho e optar apenas por mensagens nas redes sociais. "O importantes é que nós estejamos atuando para fortalecer o trabalhador. Tem sido a marca da presidente Dilma, do governo e é o que todos nós temos feito", concluiu.
Estadão Conteúdo
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