No documento produzido pelo TCU, o presidente da Corte, ministro Benjamin Zymler, disse que o principal objetivo é fazer com que a população colabore para a fiscalização e cobrança do andamento das obrasm, tanto nos estádios quanto de infraestrutura prevista para o ano do mundial. "É, por assim dizer, uma prestação de contas que o TCU faz à sociedade do quanto já se fez em matéria de estádios, reforma e ampliação de aeroportos e portos, obras de mobilidade urbana, entre tantas outras, espalhadas pelas cidades que servirão de sede para os jogos e para os países participantes", explicou o ministro.
O minitro-relator, Valmir Campelo, disse que "não faltam declarações, a maioria pessimistas, sobre a Copa que faremos no Brasil". Para ele, o sentimento da população é normal devido à "paixão que move o futebol no país". No entanto, no próprio relatório, o ministro aponta que os natalenses têm motivos para se preocupar.
Assim como ocorreu em outros estudos, o relatório oficial do TCU aponta que Natal, junto com Manaus, Cuiabá e Brasília, tem grandes chances de abrigar um "Elefante Branco". No relatório, o TCU aponta que há o risco evidenciado de que a Arena das Dunas seja subutilizado após a Copa do Mundo. Além disso, o ministro também apontou que Natal está atrás das demais sedes no que diz respeito ao andamento das obras do estádio.
Depois de um longo impasse sobre quanto qual seria o estádio a sediar a Copa em São Paulo, o Itaquerão, última arena a começar a ser construída, tem 23% das obras concluídas. A Arena das Dunas, no entanto, aparece com apenas 11% das obras concluídas, com o trabalho iniciado somente em agosto de 2011.
Apesar do estágio ainda inicial da obra, o TCU, no relatório, não fez recomendações específicas ao comitê organizador local de Natal, limitando-se a dizer que a Corte continuará acompanhando o andamento das obras e, principalmente, a liberação de recursos para a construção de estádios e obras de mobilidade urbana.
Tribuna do Norte